Editorial do Vermelho
A desmoralizada Organização dos Estados Americanos (OEA) – que tem sido desde sua criação, em 1948, instrumento da política dos Estados Unidos na América Latina, defronta-se, nesta quarta-feira (18), com sua máscara: está marcada para ocorrer em Washington, na sede da organização, uma reunião para avaliar a situação do Paraguai, a menos de um mês do golpe de estado relâmpago que depôs o presidente constitucional Fernando Lugo. Nessa reunião a OEA vai decidir se pune ou não o governo golpista pelo rompimento da democracia.
As pressões do governo dos EUA pelo reconhecimento da legitimidade do golpe e do presidente golpista, Federico Franco, são fortes. Na semana passada a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson, foi claramente contra a punição do Paraguai pela OEA. Foi a primeira manifestação clara do governo dos EUA sobre o golpe de estado que levou Franco ao poder em Assunção. E ela ocorre num momento em que o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza – uma espécie de porta-voz dos interesses dos EUA naquela entidade – já havia se manifestado contra a suspensão do Paraguai. E também em que circulam, com força, rumores da construção de uma base militar dos EUA no Paraguai (no vilarejo de Mariscal Estigarribia, na fronteira com a Bolívia), projeto antigo do imperialismo, que foi abortado pelo governo progressista de Fernando Lugo.
Ao defender a legalidade do golpe de estado de 22 de junho, em Assunção, o secretário-geral da OEA e o governo dos EUA se confrontam com a posição dos países da América do Sul que suspenderam o governo golpista da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercosul até a realização da eleição presidencial prevista para abril de 2013.
A reação da diplomacia brasileira contra a opinião de Insulza foi pronta e clara. Para o ministro das Relações Exteriores Antônio Patriota, a OEA deve levar em conta a decisão da Unasul e do Mercosul de punir o governo golpista. E acrescentou: a opinião de Insulza é dele e não "reflete um consenso entre os Estados membros, porque ainda não se chegou a um consenso".
De qualquer maneira, a decisão que sairá do braço de ferro disputado na sede da OEA em Washington vai afetar a imagem e mesmo a legitimidade desta entidade. Ou dará ainda algum alento a ela, em meio à desmoralização que ela vive hoje, ou vai aprofundar ainda mais seu descrédito desta entidade entre as nações da América do Sul.
As pressões do governo dos EUA pelo reconhecimento da legitimidade do golpe e do presidente golpista, Federico Franco, são fortes. Na semana passada a secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson, foi claramente contra a punição do Paraguai pela OEA. Foi a primeira manifestação clara do governo dos EUA sobre o golpe de estado que levou Franco ao poder em Assunção. E ela ocorre num momento em que o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza – uma espécie de porta-voz dos interesses dos EUA naquela entidade – já havia se manifestado contra a suspensão do Paraguai. E também em que circulam, com força, rumores da construção de uma base militar dos EUA no Paraguai (no vilarejo de Mariscal Estigarribia, na fronteira com a Bolívia), projeto antigo do imperialismo, que foi abortado pelo governo progressista de Fernando Lugo.
Ao defender a legalidade do golpe de estado de 22 de junho, em Assunção, o secretário-geral da OEA e o governo dos EUA se confrontam com a posição dos países da América do Sul que suspenderam o governo golpista da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e do Mercosul até a realização da eleição presidencial prevista para abril de 2013.
A reação da diplomacia brasileira contra a opinião de Insulza foi pronta e clara. Para o ministro das Relações Exteriores Antônio Patriota, a OEA deve levar em conta a decisão da Unasul e do Mercosul de punir o governo golpista. E acrescentou: a opinião de Insulza é dele e não "reflete um consenso entre os Estados membros, porque ainda não se chegou a um consenso".
De qualquer maneira, a decisão que sairá do braço de ferro disputado na sede da OEA em Washington vai afetar a imagem e mesmo a legitimidade desta entidade. Ou dará ainda algum alento a ela, em meio à desmoralização que ela vive hoje, ou vai aprofundar ainda mais seu descrédito desta entidade entre as nações da América do Sul.
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